Mostrando postagens com marcador Dia-a-dia em Odense. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dia-a-dia em Odense. Mostrar todas as postagens

sábado, 18 de abril de 2009

Soh aqui

Sabado, quinze para as 5 da tarde, maior sol em Odense. Eu aqui, trabalhando no meu escritorio na SDU, ouco um monte de vozes vindo da rua. Olho pela janela e vejo um grupo de umas vinte pessoas, todas completamente arrumadas, blazer, vestidos, toneladas de gel e cera nos cabelos (ainda tenho que escrever sobre isso), alguns ateh de gravatas (artefato raro aqui). Todos estao pedalando suas bicicletas, chegando na universidade. Todos estao dirigindo suas bikes com uma mao e segurando uma cerveja na outra. Alguns carregam seus 6-pack no bagageiro. Estao entrando na universidade, que eh publica e estah sempre aberta, para fazer a sua festinha.
Tem coisas que soh aqui...

Estacoes

Nao sei se eh pelo tipo de atividade que tenho por aqui, todos os dias fazendo o mesmo percurso de bicicleta e trabalhando na mesma sala, ou se eh pelo fato de cada dia do ano ser um dia diferente pra gente (nao fechamos um ciclo anual; todos os meses sao novos), mas o fato eh que a mudanca das estacoes aqui eh mesmo bem marcante.
Quando estamos longe, imaginamos que por aqui soh faz frio. Na verdade, a Dinamarca tem as estacoes bastante demarcadas. Isso significa que, durante o inverno, nao ha qq possibilidade de fazer um dia com temperatura superior a 10 graus. Eh frio, umido, cinza e pronto. Mas, de uma hora pra outra, a primavera chega, o sol aparece todos os dias (e noites) e a natureza nao perde tempo. Milhares de plantas, flores e passaros por todos os lados, parece que correndo para aproveitar ao maximo.
E as pessoas tambem. Sabem que o sol estarah aqui ateh inicio de outubro e precisam fazer a devida fotossintese. Os dinamarqueses estao com outras caras. Os cafes jah estao todos com mesas na rua (sempre tem uma mantinha pra enfrentar a noite, digamos, mais fresca), cada vez mais cheias.
A semana santa marca bem essa transicao. Eh um feriado (bota feriado nisso, uma semana) tradicionalmente marcado pelas tarefas domesticas de limpar a casa (a famosa spring cleaning), arrumar o jardim, retirar os limos e fazer os consertos atrasados decorrentes do rigoroso inverno.
Que venha o verao.

quarta-feira, 18 de março de 2009

terça-feira, 17 de março de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

Things just work

Eu achava que jah tava acostumado com o fato de que as coisas por aqui simplesmente funcionam. Quando cheguei me deram uma sala com um computador bom, tela 19, som, etc. O outlook jah tinha ateh a minha assinatura e meus dados. O escaninho jah estava com meu nome na sala das correspondencias. As placas do departamento jah tinham o meu nome. Se eu preciso de qualquer material, entro numa salinha tal e pego caneta, pastas, envelopes, etc. Se quero enviar uma correspondencia, basta colocar o envelope com os dados numa caixa na entrada do depto. Se quero algum livro, basta requisitar no site e ele aparece no meu escaninho um ou dois dias depois. Ok, pode demorar mais, caso o livro venha de algum outro lugar. Sim, posso requisitar o livro de qualquer biblioteca da Dinamarca. Sim, qualquer uma, do paihs inteiro.
Mas na semana passada fui novamente surpreendido por essa mania que eles tem de as coisas funcionarem. Tava quebrando a cabeca com as ideias da tese e enchendo uma folha de anotacoes, fluxos, links, etc. Percebi que precisava de mais espaco. Pensei que um flipchart seria legal. Nao, um quadro negro seria melhor ainda. Ideal mesmo seria um quadro branco, com pinceis. Fui ateh a secretaria e comentei minha necessidade. A secretaria ouviu atentamente e disse: Let's see what we can do for you. Saih de lah e resolvi pegar uma maca (que "brota" na cesta da sala de reunioes), fui ateh a cozinha lavar (esse habito eu mantenho, apesar de estranhissimo pra eles), troquei umas duas ideias com um colega e retornei a minha sala. E lah estava o quadro branco. Com quatro pinceis, um de cada cor, e um apagador. Eh claro que nao tem que esperar alguem aparafusar nada; basta encaixa-lo nos trilhos que jah estao lah na parte superior das paredes.
Eh mole?

segunda-feira, 9 de março de 2009

domingo, 1 de março de 2009

Jogo do OB (Odense Boldklub) hoje à tarde

Hoje fomos ao jogo do OB, o time da cidade que está em terceiro no campeonato nacional (sim, há bem mais de três times no campeonato dinamarquês, antes que perguntem...). Tudo muito civilizado: chega-se (de bike, como sempre) cinco minutos antes, tempo suficiente para entrar e encontrar um lugar pra sentar. Há muitas famílias, crianças, cafés, cervejas, batatas, hotdogs e muitos, muitos papéis picados. Nos gols (do OB) toca rock alto na arquibancada. Os telões passam o replay dos melhores lances. No fim, mais musica. Tudo é festa.
E o melhor: os ingressos foram enviados a nossa casa pela prefeitura, como uma espécie de boas vindas aos novos moradores da cidade (junto com ingressos para museus, zoo, jogos de hockey, etc.).
Ah... o futebol em si é louco de mais ou menos, but... who cares? O que importa é a diversão.
E ganhamos por 2 a 0.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Ano Novo gelado

Este fim de ano tem sido mesmo diferente. Seja pela quantidade de textos (lendo e escrevendo) numa epoca tradicionalmente de folga, seja pela incrivel experiencia de ver como outra cultura celebra Natal e Ano Novo (falarei mais sobre isso num proximo post). Ou seja, ainda, pelas baixas temperaturas num periodo em que normalmente estou entre a praia e a piscina. Eh o que mostra o grafico abaixo, anunciando a previsao da temperatura para os proximos dias aqui em Odense (comeca em Tirsdag, que eh terca, e assim por diante).


Vai ser gelado o Ano Novo! Gelado por fora, mas com calor no coracao.

Feliz Ano Novo pra todos aih!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Amanheceu, tah "detardezinha"!

Eh, depois de umas semanas intensas, cah estou de volta alimentando o tal do blog. Foi bom porque descobri que tinha gente lendo esse negocio... Me reclamaram porque eu nao estava postando...
Buenas, nao eh novidade nenhuma que nessa epoca do ano a luz do sol aqui eh coisa rara. Mal amanhece e parece que jah eh fim de tarde. Eh possivel ficar sem luz acesa entre 9:30 e 14:30, mas a casa (ou o escritorio) fica um pouco escuro igual. Antes das 8:00 e depois das 15:30 eh noite fechada.
Mas na semana passada o sol apareceu!! Foi o maximo!! Foi na sexta-feira, entre 11:23 e 11:42. Uma maravilha!
Eh por isso que o unico servico que fica aberto 24 horas em Odense, alem das lojas de conveniencias de postos de combustivel, sao os locais de bronzeamento artificial. Como nao precisam de pessoal de atendimento (eh tudo "self-service"), esses centros de sol fake funcionam o tempo inteiro, e estao espalhados por toda a cidade. Bem mais do que o bronzeamento, parece que o interesse estah mesmo em ter uma luz para se fazer uma fotossintese de vez em quando...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Não existe tempo ruim...

Sábado passado fui à feira, como sempre. Tava uma chuvinha considerável... ninguém com guarda-chuva. Pra não mentir, contei uns 3 ou 4 guarda-chuvas (numa feira de umas cem pessoas). Crianças, idosos, todos caminhando como se nada tivesse acontecendo. Acho que o que eles pensam é que, se forem ter que carregar um guarda-chuva a cada vez que ameaça chover, vão ter que aprender a viver com uma mão só.
O que ouvi depois de um colega resume um pouco a forma como encaram as intempéries aqui: "não existe tempo ruim; só roupa inadequada".
Ok.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Curiosidades

Como não tenho saído da SDU nessas últimas semanas, o que tenho pra contar, que não seja ficar falando do meu tema de estudo, são algumas curiosidades do dia-a-dia na universidade e da “cultura” local:

- Sala de aula é local para comer: isso mesmo, grande parte dos estudantes, em qualquer nível, leva algo para comer durante a aula. Come-se de tudo nas aulas, e até mesmo nas palestras mais importantes. Café, sanduíches (até aí tudo bem), sacos (quase sacas) de cenoura e pepino crús, caixinhas de leite ou achocolatado (muito) e, principalmente, pratos, garfo e faca, com a comida do dia, seja ela um peixe fedido com curry, um prato de porco com batatas, o que for;

- Qualquer superfície é prato: sabe aquela mania que nós brasileiros temos de pegar os alimentos com guardanapo ou de colocá-los em um prato? Eles não têm. Na cantina, pega-se o pão ou o bolo com a mão, coloca-se em cima do balcão do caixa na hora de pagar, pega-se de novo com a mão - a mesma que pegou o dinheiro - e pimba, lá está o pão na mesa da sala de aula. Muitas vezes levam um potinho de manteiga e uma faca junto (só não levam o prato nem o guardanapo);

- O café das 3pm: Falando em bolo, o café com o dito cujo por volta das três da tarde é tradição seguida à risca por muitos. Vende-se muitos bolos e doces de padaria de forma geral. O interessante é que aquilo que no mundo todo é conhecido como danish pastries (no Brasil apenas como danish), aqui é conhecido como wiener pastries, uma forma de respeitar as origens dos doces servidos nos precursores cafés vienenses, os primeiros da Europa;

- Patinetes: A SDU tem um campus lindo, com uma arquitetura super contemporânea e cheia de design. Existe uma espécie de corredor central, largo e imenso, que cruza toda a Universidade e de onde se tem acesso a todos os setores. Deve ter praticamente um quilômetro; não sei ao certo a extensão, mas sei que levo 15 minutos pra cruzar de lado a lado. Isso porque eu faço isso caminhando. Mas há vários caras que optaram pelo velho e bom patinete (aqui numa versão moderninha e toda “design”, como bem convém a tudo que é dinamarquês). Muito engraçado ver aqueles caras, de qq idade, correndo com seu patinete e ainda com uma bandeja na mão (aquela com a comida que vai pra sala de aula...);

- Coquetéis: nesse corredor central, que eu chamo de avenida, e principalmente no saguão principal, sempre tem umas espécies de coquetéis. Vinhos, cervejas, copos bonitos, sanduíches (de salmão e arenque, claro) e as onipresentes frutas. Qualquer seminário, palestra ou reunião mais eventual e especial termina em coquetel (não, nunca é só café com bolacha...);

- Banheiros: na SDU (e em muitos lugares por aqui) não tem essa de banheiro pra homens e banheiro pra mulheres. É sempre um mesmo lugar, com as devidas báias com portas, mas com as pias e espelhos na sala maior. Uma espécie de ambiente de confraternização... onde nem sempre perguntar “e aí, fazendo o quê por aqui?” é o papo mais indicado;

- Frutas: no meu departamento, marketing and management, tem uma sala polivalente de almoço, reuniões, descanso e mini-biblioteca. Legal é que ali sempre tem, pela manhã, duas cestas enormes cheias de frutas (cheias mesmo: maçãs, ameixas, kiwis, bananas, laranjas, bergamotas e peras, pelo menos). Digo pela manhã porque à tarde já estão vazias. Não sei de onde sai tanta fruta, mas ajudo a determinar pra onde vão...

Enfim, curiosidades.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Cafe Biografen at Brandts Klædefabrik

Este Café fica numa das áreas mais legais de Odense, chamada Brandts. A Brandts Klædefabrik é uma antiga fábrica têxtil, que abriga uma série de galerias de arte, salas de exposições, três museus, escola de música, restaurantes, cafés e salas de cinema (dentro do café). Na frente há ainda uma espécie de praça onde ocorrem ótimos shows com certa freqüência, na maioria das vezes gratuitos e bancados pela prefeitura. É o lugar onde há mais exposições de arte por ano de toda a Dinamarca.

Mas voltando, o Cafe Biografen é um lugar onde sempre tem vida, em qualquer tempo. Uns almoçam, outros comem o brunch tardio. Uns jogam gamão, outros lêem. Uns bebem café, outros - claro - cerveja. E sempre com o movimento de entra e sai dos cinemas. Mês passado estavam passando o Tropa de Elite; parece que nesse período diminuiu o consumo de comida após as sessões...

sábado, 18 de outubro de 2008

Musikbibliotek

Hoje fui conhecer a biblioteca de música de Odense, integrante da biblioteca central da cidade. Impressionante. Além de haver milhares de discos de todos os gêneros, a biblioteca está sempre fazendo novas aquisições. Sem falar no imenso acervo de livros sobre música. É possível pegar o que quiser e levar pra casa. Tudo self-service, rapidinho: basta inserir o cartão com o CPR numa maquininha (falei que o CPR era tudo aqui), passar os códigos de barras dos produtos que se quer levar e devolver em até 30 dias.
Quanto custa? Nada.
Welcome to Denmark!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Enfim, o CPR

Hoje chegou o meu cartão do CPR! Enfim, dois meses e meio depois de chegar na Dinamarca recebi hoje, pelo correio, o cartão que determina que, enfim, existo pra eles. Com esse cartão (o CPR na verdade é o número) posso ir à biblioteca de musica, comprar celular, nadar, ir ao médico, entrar e sair do país, abrir conta em banco... enfim, existir.
Beleza, me sinto mais tranqüilo agora.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Autumn Week

Nesta segunda fui para a SDU um pouco mais tarde (isso é que dá ficar lendo e tomando vinho até altas horas) e encontrei a Universidade praticamente vazia. Tava esquecendo, mas essa é a Autumn Week, uma semana inteira de férias bem no meio do semestre. Param escolas, universidades, parques,... só a rotina de um doutorando é que não pára. Como as coisas estavam bem tranqüilas no departamento (ainda mais do que o normal), devorei dois bons artigos e comecei a dar forma numa espécie de mapa conceitual que deverá organizar a estrutura da tese.
Ao final do dia, paradinha no mercado e, mais tarde, mão na massa: frango no suco de bergamota e molho barbecue e batatinhas cozidas e assadas. Barbera para acompanhar. Foi boa a segunda-feira.

domingo, 12 de outubro de 2008

Sabadão

Sábado, dia da clássica passada no open market, a feirinha local. Maluco como os moradores dessa cidade amam o seu mercado e, especialmente, as bancas de orgânicos. Há muitas frutas, vegetais, peixes, pães, queijos e flores. Comprei o salmãozinho básico do findi e um pedaço do que peço como sendo "just a normal cheese", mas vem um negócio cremoso tipo dambo, maravilhoso. Depois, 10 minutos de papo com o vendedor de maçãs e suas explicações sobre os diferentes sabores, consistências, cultivos, texturas e o escambau das quase dez variedades da fruta. É impressionante o profissionalismo desses caras quando o negócio é maçã. O suco de maçã deles, produzido artesanalmente e vendido em todos os cantos, é de tomar ajoelhado.
À tarde inventei de cortar o cabelo. Eu mesmo. Sim, peguei a máquina que uso para a barba, botei um pente daqueles pra cortar cabelo e mandei ver. Quando vi a merda que tava fazendo não tinha mais volta... Paciência, cabelo cresce.
À noite fui com o Matthias, um colega professor da SDU, ver o show do Steve Wynn no Posten, uma casa de shows bacaninha aqui em Odense, ao lado da estação de trem. Não tinha muita gente, mas o som tava bala e a cerveja idem. Depois, pedaladas que curam qualquer trago e cama.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

As comidas por aqui

Caro, tudo muito caro.
É preciso pesquisar muito e conhecer as ofertas, pois realmente há diferença nos preços entre os diversos mercados. Mas de forma geral a comida é bem mais cara que no resto da Europa. Exemplo? Um quilo de filé mignon custa, por baixo, 100 reais; um copo de 500 ml (pequeno pra eles) de cerveja em um bar não sai por menos de 15 reais; um bom burger com batatas num restaurante sai uns 35 reais. Mas aos poucos vamos descobrindo as barbadas e exercitando as receitas, porque o negócio é fazer em casa.
Mas a comida deles é baseada em carne, carne de porco, batatas, peixe e muita salada. Também tem muito curry em muitos pratos. Fissurado por marzipan? Vem pra cá.
Há os mercados abertos onde se encontra bons produtos, ótimas frutas, fedorentos mas bons queijos, peixes frescos e pães. E há muitos supermercados de desconto que realmente dão uma força no bolso dos bolsistas. E também é possível encontrar bons vinhos relativamente baratos (alguns chilenos são mais baratos aqui do que no Brasil).
E o almoço na SDU, um bufezão a kilo, sai uns 10 reais (não é muito melhor do que o RA da Unisinos, mas dá pro gasto.)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Pedalando

A questão das bicicletas é coisa séria aqui: a cidade tem mais de 360 km de ciclovias, e em qualquer cruzamento a bicicleta é prioridade absoluta. Há uma pesquisa de longo prazo sendo feita que mostra o quanto os gastos com saúde estão diminuindo com o maior uso de bicicletas. Há também um site só relacionado ao uso de bikes em Odense e em toda a ilha de Funen, dando dicas de passeios, itinerários, cuidados, etc. Compramos as nossas no início de setembro. Vamos a todos os lugares de bike (e as dores já começaram a passar)... we are getting used to it!